domingo, 31 de outubro de 2010

DESTINO - DALI - DISNEY



Por Thais Lombardi *

Destino foi um projeto de Salvador Dalí e Walt Disney, inicialmente para
ser finalizado nos anos 40 ,mais precisamente em 1946, nesta época a Disney
passava por um grande crise financeira, e o projeto ficou guardado por mais de 50
anos, até que nos anos 2000, o projeto veio a ser finalizado,pelos estúdios Disney.

Com o fracasso de Pinóquio e Fantasia, os estúdios Disney entraram em crise, pois ambos foram projetos ambiciosos, que gastaram mais do que arrecadaram. A crise também foi atribuída a 2ª grande Guerra que infelizmente fechou os mercados Europeus.

Com a entrada dos EUA na guerra, Walt Disney começou a produzir filmes com conteúdos militares, alguns de conteúdo ultra secreto. Estes filmes de cunho patriótico e militar não fizeram sucesso e enquanto isso a Disney perdia mais lucros.

Salvador Dalí era um pintor bastante renomado na época, participava do movimento surrealista europeu, junto com vários artistas eles propunham uma visão irreal sobre coisas comuns da nossa realidade. Dentre os participantes do grupo havia o escritor Federico García Lorca e o cineasta Luis Buñuel, que trabalhou com Dalí em dois filmes "A idade do ouro", e "Um cão andaluz", que é o mais conhecido dos dois.

Segundo Buñuel este filme foi concebidos através de conversas entre os dois, onde eles discutiam sobre seus sonhos, é nele que temos a imagem muito famosa da navalha que corta o olho.

Fayga Ostrower, diz que "destacando-os [os objetos] de seu contexto natural, o Surrealismo os recombina e justapõe em novos conjuntos, que criam um clima irreal ou
irracional"(OSTROWER,2004, p.335)

O surrealismo caracteriza por formas expressivas, que não podem ser definidos como somente, expressionistas, idealistas e naturalistas. O surrealismo brinca com todas essas formas de representação na arte. As imagens (oníricas) são carregadas de significados simbólicos, é uma arte mais subjetiva do que objetiva, é poesia que pode ser interpretada de diferentes maneiras pelo público. Os surrealistas eram bastante influenciados pelo pensamento da psicanálise de Freud "segundo o qual, quando nossos pensamentos em estado vígil ficam entorpecidos, a criança e o selvagem que existem em nós passam a dominar"(Gombrich,2008, p.592), também estudavam bastante os processos do inconsciente e quando esses processos mentais poderiam vir a mente.

Os desenhos conceituais do curta, foram desenhados por Salvador Dalí, e podemos ver grande influência de sua pintura nos desenhos do filme. O uso das cores e das formas fantásticas são influências das pinturas de Dalí. O filme mostra várias vezes um relógio e ele está se desfazendo, como na pintura mais famosa de Dalí. Importante dizer que o filme possui formas semelhantes ao 3D, e que foram pensadas por Dalí nos anos 40.

O desenho conta a história de amor de uma mulher que percorre ao tempo buscando seu par. A metáfora do tempo é mostrada várias vezes por meio do relógio, e o homem que ela busca está na forma de uma estátua. O amor idealizado está longe do coração dela, mas ele é tão grande que ele consegue se livrar da prisão e luta para alcançar seu amor.

Ela percorre durante muito tempo passando por transformações do mundo (exemplo ela cai em uma “floresta de telefones”, após ficar presa nua dentro de uma concha e andar por um enorme corpo humano em espiral metáfora para o nascimento de uma pessoa), quando na verdade não passou de um momento, ela está ainda frágil e indefesa.

Ela entra em um estado de transe e começa a dançar livre, tão livre que sua cabeça se transforma em um dente de leão (uma planta leve que voa fácil com o vento), quando ela se sente livre, o coração do seu amado, em forma de pássaro se liberta e o homem idealizado nasce. E o tempo resiste em deixá-lo. Neste momento do filme temos um plano que remete ao filme que Dalí realizou com Buñuel “Um cão Andaluz”: O homem com um buraco na mão, e de dentro deste buraco saem formigas, que de repente se transformam em homens montados em suas bicicletas (mais uma metáfora da modernidade). As barreiras do tempo os impedem de seguir com o amor, paredes crescem entre eles.

Um momento bastante interessante do filme é a hora que a mulher, vista pelo lado de fora de uma muralha,se transformam em um rosto de homem, referência direta ao quadro
“Aparição de rosto e fruteira numa praia,1938”, uma pintura com bastante informações em uma mesma tela.

As cores utilizadas no desenho, são comuns na pintura de Dalí, o céu totalmente azul,e os tons pastéis e o uso claro e escuro bem definidos são marcas do surrealismo, para mostrar a dualidade e a personalidade do homem, que busca o amor e sente triste e livre ao mesmo tempo.

Ficha técnica:
Dominique Monfery- Direção
Roy Edward Disney- Produção Executiva
Baker Bloodworth- Produção
Salvador Dalí-História

Referências Bibliográficas

OSTROWER,Fayga. Universos da Arte. 24 edição Rio de Janeiro, RJ.
Elsevier, 2004. 3ª reimpressão.

GOMBRICH,E.W. A História da arte. 16ª edição Rio de Janeiro, RJ.

*Thais Lombardi, eh estudante do 7 periodo do curso de Cinema e Video da UNA

sábado, 30 de outubro de 2010

Animania n° nº196 - "Naves e Quindins"


O Animania decola rumo ao futuro prá mostrar que as diferenças não terminam
com a conquista do espaço no Filme Nave Sub D, de Pedro Aguilera.

Via Web,Marcelo Tanure conta como foi feito seu filme 147, uma hilária piada contada
com animação 3D.

No Papo animado, um animador da nova geração: David Mussel que mostra uma pérola: O filme Quindins, uma estória baseada num conto de Veríssimo animada com bonecos.

O Animania vai ao ar no dia 01/11/2010 às 19:30 pela TV Brasil

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CARLOS SALDANHA - Um visionario animador brasileiro



Por Eduardo Rafael Rodrigues de Carvalho *

Para Claudia Farias (2004)1 o cinema de animação compreende o desenho animado, a animação de bonecos, a animação de fotos e a recente animação computadorizada.

Sua origem, segundo Lucena Júnior (2005), remonta as antigas experiências com sombras chinesas e aos aperfeiçoamentos introduzidos na lanterna mágica (2) durante os séculos XVII e XVIII. Mas foi só no século XIX que as teorias puderam ser levadas à prática (devido ao grande avanço da fotografia). Na década de 1920, Oliee (2010)
3) afirma que Walt Disney compreendeu o grande partido que poderia tirar de uma arte nova e em crescente popularidade. As bases de uma "fábrica de sonhos" para as crianças e adultos foram lançadas em 1926, quando Mickey - o camundongo antropomorfo - fez sua estreia nas telas.

Para o NUCAR (2009)(4), a ideia de movimento, ou seja, a animação, é dada pela reprodução rápida (24 quadros por segundo) das imagens estáticas, em posições ligeiramente diferentes uma das outras. Assim que esses quadros são conectados, o filme é assistido à velocidade de dezesseis ou mais reproduções por segundo, o que dá origem a uma sensação de movimento ininterrupto. Realizado da forma mais primitiva, este procedimento se transforma em algo monótono e mecânico, daí a importância da introdução da digitalização, que incrementa a duração da produção.

Uma pessoa que soube interpretar tudo o que fora descrito acima é o brasileiro Carlos Saldanha. Natural do Rio de Janeiro, Saldanha nasceu no dia 20 de julho de 1968. Aos 22 anos partiu para os Estados Unidos e decidiu cursar mestrado em Artes especializando-se em animação digital na School of Visual Arts, em Nova Iorque. Alguns anos depois, Saldanha revelava seu enorme talento, tornando-se um diretor cinematográfico, produtor, animador e dublador. Como animador conseguiu ganhar destaque nos Estados Unidos, sendo considerada uma das personalidades mais criativas e talentosas da Blue Sky Studios.

Em 1993, Carlos Saldanha assinou o curta metragem de animação Time for Love. O curta conta a história de amor entre um casal de bonecos de madeira de um relógio cuco. O filme ganhou a categoria voto popular do festival canadense Images du future. Já em 1994, o curta lhe permitiu levar o troféu de melhor animação em computação gráfica no Festival Internacional de Animação por Computador de Genebra, na Suíça. Time for Love lhe rendeu, ainda, um emprego na então produtora independente Blue Sky, de seu ex-professor Chris Wedge.

Em 2002, como Co-diretor, Saldanha lança o filme que o consagraria de fato, A Era do Gelo. O filme é uma adaptação da história original de Michael J. Wilson e nos conta as peripécias de Cid, uma preguiça falante e engraçada, Manfred um mamute ranzinza e Diego um furioso tigre dente de sabre, que ficam incumbidos de uma missão, devolver um bebê humano perdido para sua tribo.

A Era do Gelo recebeu indicação ao Oscar de melhor animação em 2003 e faturou nos cinemas ao redor do mundo a quantia de aproximadamente 383 milhões de dólares(5).
Após A Era do Gelo, quando a equipe estava parada, Saldanha teve a ideia de fazer Gone Nutty (A Aventura Perdida de Scrat), que ganhou o primeiro lugar no Los Angeles Art Film Festival. A história de 4 minutos e meio em computação gráfica mostra o neurótico esquilo Scrat, personagem do longa A Era do Gelo, recolhendo nozes e tentando desesperadamente armazená-las no oco de uma árvore. Como em A Era do Gelo, a coleta acaba em desastre. Gone Nutty foi incluído nos extras do DVD de A Era do Gelo e indicado ao Oscar de Melhor Curta de Animação no ano de 2004, mas perdeu para o curta metragem Harvie Krumpet.

Em 2005, Saldanha aparece como diretor do filme Robôs. Esse filme nos conta a história de um jovem Robô sonhador, Rodney Lataria, que aspira trabalhar com um grande e poderoso inventor. A animação rendeu aos Studios Blue Sky a quantia aproximada de 261 milhões de dólares (5).

Estava confirmado, os filmes de Carlos Saldanha eram um sucesso, portanto, não deviam parar por aí. Quatro anos depois de A Era do Gelo a Blue Sky Studios produziu A Era do Gelo 2 (Ice Age 2: The Meltdown). O segundo filme traz de volta não apenas os personagens de seu antecessor, mas também Ellie, uma mamute que pensa ser um gambá, e seus dois irmãos Crash e Eddie que de fato, são gambás.

Todos vivenciam essa nova aventura. Quando enormes blocos de gelo começam a se derreter, Manny, Sid e Diego precisam se salvar do lugar onde vivem, que será inundado em breve. Para isso, acabam alertando os demais animais dos perigos que rondam o local.

Diferentemente do primeiro "A Era do Gelo", em que os cenários eram praticamente todos brancos, na continuação existe um colorido mais alegre, que reflete a descoberta da natureza deste novo mundo. A Era do Gelo 2 faturou mundialmente 655 milhões de dólares, tendo seu orçamento estimado em apenas 90 milhões(6).

Assim que terminou de produzir a Era do Gelo 2, em 2009 Saldanha resolveu inovar. Com a ascensão do cinema 3D ao redor do mundo, a Blue Sky Studios produziu o filme nesse novo formato na certeza de que o retorno seria garantido. E de fato, foi. O filme que completa a trilogia dos amigos inseparáveis faturou mundialmente 884.490.567 de dólares (6). Seu orçamento manteve-se em 90 milhões. O sucesso desse filme conseguiu um notável feito: Tomar o posto de Titanic e tornar-se o filme mais visto de todos os tempos em terras brasileiras, com uma arrecadação de cerca de R$80 milhões de reais em menos de 60 dias de exibição (7).Tornou-se a bilheteria mais rentável do ano de 2009.

A Era do Gelo 3 também teve a inclusão de vários personagens, dentre eles, podemos citar a esquilo Scratita, uma versão feminina do esquilo Scrat. Segundo o site G1 (Globo) Carlos Saldanha já preparara sua próxima animação. Rio, escrito por Don Rhymer e produzido pela Blue Sky Studios, será lançado em 3D no ano de 2011. O filme contará a história de Blu, uma rara espécie de arara residente num zoológico de Minessota, que acredita ser o último de sua espécie. Mas,quando ele descobre que uma outra arara foi descoberta na América do Sul, e que ela é uma fêmea, Blu deixa Minessota e viaja ao Rio para encontrá-la.

Em entrevista ao Cinema em Cena, Saldanha afirma que Rio é o projeto de seus sonhos, um filme que será mais musical que seus anteriores.

A animação, enquanto ferramenta para expressão visual, abriu possibilidades revolucionárias para artistas sintonizados com a dinâmica do mundo de então. Entretanto, apesar da aparente semelhança entre os universos da animação e da tecnologia, o verdadeiro caráter artístico da linguagem da animação está essencialmente no criar. O artista se apropria dos materiais, das ferramentas para
criar a forma. E esse criar encontra-se, única e exclusivamente na mente humana, o
seu campo fértil.

1- Claudia Farias, Crítica de cinema, mora atualmente na República da Irlanda, onde escreve seus artigos. Fonte: http://www.natalpress.com – Acesso em: 04/10/2010.

2-Criada pelo alemão Athanasius Kirchner, na metade do século XVII, é composta por uma caixa cilíndrica iluminada a vela, que projeta as imagens pintadas em uma lâmina de vidro. Fonte: http:// www.wikipedia.org – Acesso em 04/10/2010.

3- Jéss Oliee escreve para o Blog Cinema – Aqui um Espaço para a Sétima Arte.

4- NUCAR - Núcleo de Cinema e Animação de Rondônia.


5- Bilheterias extraídas do site Box Office Mojo. Fonte: http://boxofficemojo.com/movies – Acesso em:05/10/2010.

6- Bilheterias extraídas do site Box Office Mojo. Fonte: http://boxofficemojo.com/movies – Acesso em:05/10/2010.


Referências Bibliográficas

Box Office Mojo. Movie Index, A-Z. Disponível em: movies/>. Acesso em: 05 outubro 2010.

CINEMA. Aqui um espaço para a sétima arte. Disponível em:
acesso em: 04 outubro 2010.

CINE REPÓRTER. Site sobre cinema. Disponível em: com.br/noticias/carlos-saldanha/>. Acesso em: 05 outubro 2010.

DASP Movie Maker. Entre no Mundo do Cinema e da Animação. Disponível em:
. Acesso em: 05 outubro 2010.

EBA. Escola de Belas Artes da UFMG. Disponível em: www.eba.ufmg.br//>. Acesso em 04 outubro 2010.

ESTADÃO. O Estado de São Paulo. Disponível em: link/entrevista-de-domingo-carlos-saldanha-di-3/>. Acesso em: 05 outubro 2010.
FARIAS, Claudia. Natal Press.com. Disponível em:index.php?Fa=aut.inf_mat&MAT_ID=6394&AUT_ID=24> Acesso em: 04 outubro
2010.

Informações extraídas do site ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual. Fonte: http://www.ica-ip.pt/- Acesso em: 05/10/2010.

FERREIRA, Aurélio Buarque De Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa. São Paulo: Positivo, 2004.

FILMOW. Site sobre cinema. Disponível em: saldanha/>. Acesso em: 05 outubro 2010.

ICA. Instituto do Cinema e Audiovisual. Disponível em: http://www.ica-ip.pt/. Acesso
em: 05 outubro 2010.

IMDb. The Internet Movie Database. Disponível em: nm0757858/>. Acesso em: 05 outubro 2010.

JUNIOR, Alberto Lucena. Arte Da Animação: Técnica e Estética Através da História.
São Paulo: Senac Editora, 2005.

MAB. Museu de Arte Brasileira. Disponível em: hotsite_inova/carlos_saldanha.htm>. Acesso em: 05 outubro 2010.

NUCAR. Núcleo de Cinema e Animação de Rondônia. Disponível em: projetoanimus.blogspot.com/2009/06/cinema-de-animacao.html>. Acesso em: 04
outubro 2010.

TÓPICOS ESPECIAIS. Blog sobre cinema. Disponível em: wordpress.com/2008/04/01/cinema-primeiros-aparelhos/>. Acesso em: 05 outubro
2010.

WIKIPEDIA. A Enciclopédia Livre. Disponível em: .
Acesso em: 05 outubro 2010.

* Eduardo Rafael Rodrigues de Carvalho, 21 anos, estudante do primeiro periodo do curso de Cinema e video da Una

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Chuck Jones



Chuck Jones por Vinícius Calijorne Diniz*

“Eu não acho que tem que ser realista. Só tem que ser crível.”
“I don’t think it has to be realistic. It just has to be believable.”
Chuck Jones, sobre a animação. (1)

Chuck Jones (1912 – 2002) foi um grande nome da animação, criando, desenhando, animando, roteirizando e dirigindo animações. Trabalhou, em grande parte de sua vida, nos estúdios de animação da Warner, trabalhando junto de Tex Avery na criação e desenvolvimento dos Looney Tunes.

Chuck Jones, quando começou a trabalhar na Warner, foi trabalhar na equipe de animação liderada por Tex Avery. Tal equipe é a responsável pela criação dos Looney Tunes. Jones, no entanto, tem sob seu nome a direção de animações com personagens animados importantíssimos como o Pernalonga, o Patolino, a dupla Coiote e Papa-Léguas, o marciano Marvin, o gambá Pepe Le Pew, entre outros. Dentre os personagens citados, alguns são criação do próprio Jones.

Em entrevistas, Chuck Jones disse, por vezes, que no processo de criação de personagens, depois de se familiarizar-se com o personagem sendo criado, são adicionados traços de personalidade do criador que se adaptem bem àquele personagem. Assim, ele diz que, depois de um tempo, ele não tinha mais que pensar como, por exemplo, o Pernalonga se comportaria em determinada situação. O que ele fazia era deixar seu Pernalonga interior vir à tona e pensar. “Eu, agora, conheço o Pernalonga tão bem que não tenho mais que pensar como ele agirá em cada situação. Eu deixo minha parte Pernalonga vir à tona, sabendo, infelizmente, que eu nunca alcançarei sua incrível autoconfiança. ” (2)......“I have come to know Bugs so well that I no longer have to think about what he is doing in any situation. I let the part of me that is Bugs come to surface, knowing, with regret, that I can never match his marvelous confidence.”

Chuck Jones acreditava na grande força da animação, dizendo que essa não era apenas uma ilusão criada da vida, mas a própria vida. (3) Mesmo assim, sabia que era a vida representada. E para ele, a representação da vida, na animação, não precisa ser realista e fiel à realidade, de fato, mas apenas crível. É possível saber que uma de suas criações, o Coiote e o Papa Léguas, por exemplo, não é real. No entanto, dentro da realidade criada na animação, aquelas situações se tornam críveis. ....(3) “Animation isn’t the illusion of life; it is life!”

Sobre trabalhar, muitas vezes, com animais animados, Jones disse que essa escolha é decorrente do fato dele perceber mais individualidade e personalidade em animais do que em humanos. “Quanto mais velho eu fico, mais individualidade eu encontro em animais e menos encontro em humanos. Experiências de quando era mais jovem me convenceram de que animais podem ter e tem personalidades bem diferentes. ” (4) Trabalhando com personalidades diferentes e bem marcadas em seus personagens, Jones sempre caprichou nas expressões de seus personagens, dando ainda mais individualidade e expressão a eles. Dessa forma, era discípulo de Griffith, que dizia que closes, planos fechados nas expressões dos personagens, contribuíam para o desenvolvimento da ação e da dramaticidade da trama. (4)....“The older I get, the more individuality I find in animals and the less I find in humans. Early experiences convinced me that animals can and do have quite distinct personalities.”

Com os personagens do Looney Tunes, Chuck Jones fez o filme “What’s Opera, Doc?”, que foi a primeira animação a figurar no National Film Registry, um órgão norte americano que registra filmes de importância. Até alguns anos atrás, apenas cem animações encontravam-se registradas no mesmo órgão. “What’s Opera, Doc?” entrou nesse registro por ser considerado um dos filmes mais representativos da cultura, estética e história norte-americana contemporânea.

Seu trabalho é muito importante e rendeu três indicações ao OSCAR, todas na categoria de curtas de animação. Dessas três, ganhou uma. Ganhou ainda um OSCAR honorário, em 1996, pela sua contribuição para a animação clássica e personagens de animação. Foi anunciado, nessa ocasião, como um diretor de animação que vinha proporcionando diversão e prazer ao espectadores por mais de meio século com sua animação. Já ganhou diversos outros prêmios, inclusive dois pela sua contribuição na área do cinema de animação.

Vale, ainda, ressaltar sua contribuição para a cultura norte-americana e para a cultura pop:

Um dos maiores especiais de natal dos EUA, mas que também se expande para fora de terras estadunidenses, é “Dr. Seuss’ How the Grinch Stole Christmas”, baseado na obra do Dr. Seuss, sobre o monstro Grinch, que rouba a celebração de natal. A primeira versão dessa animação, que foi ao ar em 1966 e adaptada incontáveis vezes desde então, foi elogiadíssima e é até hoje um dos programas mais queridos de Natal nos EUA.

Sua contribuição para a cultura pop é, também, muito importante, afinal criou personagens que até hoje são muito populares no mundo todo.

Para finalizar, deixaremos registradas algumas citações interessantes de Chuck Jones, sobre a animação, os personagens e a comédia:

“À medida que você vai se familiarizando com um personagem que você está criando, você vai adicionando traços de sua personalidade que são pertinentes ao personagem. ”
“As you become acquainted with a character you are creating, you add parts of yourself that are pertinent to that character.”


“As regras são simples. Leve o seu trabalho a sério, mas nunca se leve muito a sério. Descarregue todo o seu amor e habilidades no seu trabalho, que assim vai dar certo. ”“The rules are simple. Take your work, but never yourself, seriously. Pour in the love and whatever skill you have, and it will come out.”


“A primeira vez que você ouvir uma platéia de desconhecidos começar a rir de um filme que você dirigir, você vai descobrir do que qual é o real significado da palavra satisfação. ” Once you have heard a strange audience burst into laughter at a film you directed, you realize what the word joy is all about.” Chuck Jones.

BIBLIOGRAFIA

BACON, Pablo. The Greatest Of All Time – Chuck Jones. Disponível em . Acesso em 6 out. 2010.
Chuck Jones Official Website. Chuck Jones. Disponível em . Acesso em 6 out. 2010.
IMDb. Chuck Jones. Disponível em . Acesso em 8 out. 2010.
Nonstick. Chuck Jones. Disponível em . Acesso em 8 out. 2010.
SCHAFFER, Bill. Senses of Cinema – Chuck Jones. Disponível em . Acesso em 6 out. 2010.
The Cartoon Factory. Chuck Jones Biography. Disponível em . Acesso em 6 out. 2010.
Wikipedia. Chuck Jones. Disponível em . Acesso em 8 out. 2010.

* Vinícius Calijorne Diniz, 18 anos, estudante do segundo periodo do curso de cinema e video da UNA

domingo, 24 de outubro de 2010

II Semana da Animacao - Mostra Internacional de Cinema de Animacao de Fortaleza


A SEMANA DA ANIMAÇÃO é um evento sem fins lucrativos, que acontece em Fortaleza desde 2009, e que durante sete dias reúne cineastas de animação, animadores, produtores, técnicos e público para assistir a uma programação de filmes animados do mundo inteiro, além de expor o processo de produção das obras, discutir novas propostas para o meio e ser um espaço para bate-papo e troca de ideias entre profissionais e iniciantes.

Também ocorrem lançamentos de filmes, palestras, oficinas, mini-cursos e no último dia é realizada a exibição da mostra do Dia Internacional da Animação, que acontece 28 de outubro no mundo inteiro. Todas as atividades da SEMANA DA ANIMAÇÃO têm entrada franca.

Neste ano a Mostra MUMIA foi convidada pelo evento para levar a mostra internacional de curtas que passou na sua oitava edicao.

http://www.semanaanimada.blogspot.com/

sábado, 23 de outubro de 2010

Animania nº195 - "Um Dia Especial",

O Animania comemora quatro anos no ar com o Dia Internacional da Animação.

No Córtex, uma homenagem ao pioneiro animador Émile Reynaud, que em 28 de Outubro
de 1892 projetou uma animação pela primeira vez no Museu Grévin, em
Paris. O programa exibe o curta de Émile: Pauvre Pierrot.

Zeca recebe Luciana Druzina, coordenadora do Dia da Animação, para falar desse evento
que reúne animações em sessões simultâneas de cinema em muitas cidades do
mundo no dia 28 de Outubro.

O Animania exibe o filme “HM HM”, do egípicio Mohamed Ghazala, da mostra internacional do evento.

O animador português Abi Feijó, criador do evento, fala sobre as boas intenções por trás do Dia Internacional da Animação e o programa exibe seu filme História de Portugal, que conta com muito humor a formação de seu país.

O programa vai ao ar segunda-feira, dia 25/10/2010 às 19:30 pela TV Brasil.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DÁRIA

DARIA - THAT WAS THEN, THIS IS DUMB from tiniyah on Vimeo.



por Henrique Araújo Perini*

“Daria” é uma animação criada por Glenn Eichler e Susie Lewis sobre Daria Morgendorffer, uma adolescente que não se encaixa nos padrões de “jovem popular” no ginásio americano. O desenho foi vinculado na MTV americana de 1997 a 2002, contando com cinco temporadas e dois longa metragens. Este desenho animado surgiu a partir de um personagem (Daria) da animação Beavis and Butthead que acabou ganhando sua própria série.

Daria é uma adolescente cínica e de humor ácido, sempre se utilizando de ironia com as pessoas em volta. Ela é inteligente, sensível e estudiosa, mas não é popular. Em contrapartida, sua irmã Quinn, que faz parte do clube da moda e está sempre cercada de namorados e das pessoas mais descoladas da escola, não é estudiosa e se importa apenas em parecer bem frente à sociedade juvenil. É interessante ver como esses dois extremos compartilham a mesma casa, fazendo com que os pais lidem com dois opostos. Isso oferece ganchos interessantes para histórias onde as duas são obrigadas a deixar suas diferenças de lado para trabalhar juntas.

Pode-se notar que essas características da personagem principal são na verdade um tipo de fuga para a própria insegurança. Uma segurança intelectual esconde por trás uma insegurança emocional. Daria apesar de mais inteligente e mais culta que a maioria dos personagens do programa ainda é uma adolescente cheia de incertezas e que tem problemas de relacionamento com as pessoas a sua volta. Quando é perguntada pela mãe se possui baixa auto-estima, ela define:
“Não possuo baixa auto-estima, apenas baixa estima por todo mundo”.

O episódio piloto (Esteemsters) apresenta a família Morgendorffer se mudando para a cidade de Lawnsdale e o primeiro dia na escola de Daria e Quinn. O programa conta com vários outros personagens destacando sua melhor amiga Jane Lane que compartilha do olhar cínico da protagonista. Jane é uma artista plástica, que pinta e esculpe para extravasar e apesar de ser impopular como Daria, se mostra uma jovem muito mais segura e sem tantos problemas de socialização quanto sua amiga. Seu irmão mais velho Trent Lane é um roqueiro de garagem, que não trabalha nem estuda, se dedicando apenas à sua “arte”. Ele é o guitarrista de uma banda de rock chamada Mystic Spiral e até o final da quarta temporada é o amor platônico de Daria. Trent também é o “conselheiro” de Jane, sempre com uma resposta vaga, porém contundente para as aflições da irmã.

A família Morgendorffer é constituída pelas duas irmãs, e pelos pais Helen e Jake. Helen, a mãe, é uma advogada bem sucedida que está sempre ocupada ao telefone e dando ordens ao marido. Ela seria a representação da mulher moderna, bem sucedida na carreira e ainda assim com êxito em criar duas filhas, embora uma delas tenha uma constante visão niilista do mundo. Jake é um prestador de serviços que é frustrado por não ser tão bem sucedido quanto a esposa. Ele tem uma personalidade engraçada de “pateta”, sempre recebendo ordens da mulher e sendo passado para trás pelas filhas. Jake seria o escape cômico da família com seus comentários infantis e abobalhados.

Tom Sloane, durante o final da terceira temporada até o final da quarta, aparece como o namorado de Jane, causando conflitos com Daria que o hostiliza por acreditar que ele causa um distanciamento das duas amigas. No final da quarta temporada, Daria e Tom fazem as pazes e começam a nutrir sentimentos um pelo outro, fazendo com que se beijem eventualmente. Mais conflitos surgem entre o trio até que eles fazem as pazes entre si e Daria começa a namorar firme Tom, oficializando assim, o primeiro namorado. Tom é um personagem interessante se analisarmos que a personalidade de Daria não muda com o namoro. Diferentemente da personalidade da namorada, Tom tem um espírito alegre, sempre vendo o lado bom das coisas de maneira inteligente e ponderada. Daria por muitas vezes não consegue manter seu pessimismo para si e acaba descontando no namorado, que sempre tenta dialogar para tornar as coisas melhores. Tom acaba tornando o porto seguro de Daria, e com o passar dos episódios demonstra grande afeto por ela, passando por cima de várias coisas para que fiquem juntos. Daria por sua vez, se apresenta sempre na defensiva, insegura demais e com medo de se entregar, culminando no término do namoro no longa metragem que marca o fim do programa (Is It College Yet?).

As pessoas de Lawnsdale High formam outro núcleo do programa. Entre eles há vários estereótipos como o atleta popular e descerebrado (Kevin Thompson) e sua namorada líder de torcida rica e igualmente descerebrada (Brittany Taylor). Sr DeMartino é um professor neurótico que está sempre nervoso e gritando, diferente do Sr O’Neil que é um professor de inglês inseguro e de fala calma. A diretora Angela Li é alguém que não mede esforços para que a Lawndale High seja bem vista (nem que seja apenas nas estatísticas) fora dos muros da escola. Srta Barch é a professora de ciências feminista e divorciada, que odeia os homens , mas não consegue viver sem eles. Stacy, Tiffany formam juntamente com Quinn o clube da moda, liderado por Sandi, que mantém uma mão de ferro e não tem problemas em boicotar as companheiras para se manter no poder. Charles “Upchuck” Ruttheimer III é um “filhinho de papai” que sempre paquera as garotas da escola mas é um total inepto e sempre está sozinho.

Vários outros personagens fazem de Daria um programa único. “Único” porque trata de outro lado da adolescência, o lado ruim. Diferentemente de outros programas e filmes que insistem nos clichês de “populares que fazem o mal aos não-populares e depois acabam recebendo o mal de volta”, Daria não romantiza a adolescência. Ao invés disso, as personagens são obrigadas a lidar com seus conflitos e inseguranças, alguns são superados, outros não. Daria é uma adolescente problemática, e desde o primeiro ao último capítulo, não consegue superar suas inseguranças, apenas vive o dia a dia e tenta aprender com os próprios erros (que são muitos). A adolescência que é apresentada no programa, apesar do tom de comédia, é a adolescência mais verossímil, cheia de incertezas e fracassos. Quinn, a irmã mais nova, é popular, bonita e querida por todos, mas atrás da máscara que precisa usar para as pessoas na escola, ela é uma menina carente de atenção. Com o passar do tempo, nota-se claramente um amadurecimento desta personagem, que passa a se aproximar mais da irmã mais velha na última temporada. Enquanto os filmes deste gênero tratam o protagonista como alguém que “tem tudo para ser popular mas prefere ser ele mesmo”, Daria humaniza muito mais os personagens. A protagonista nunca teria o que é preciso para ser a mais bonita e a mais popular da escola, mas mesmo assim, consegue ser uma personagem profunda e querida para os fãs do programa.

Daria é um programa essencialmente sobre a adolescência americana, de acordo com os valores e a educação típica dos Estados Unidos. No entanto pode-se transportar os personagens para a realidade da classe média brasileira. Conduzido por uma trilha sonora de bandas de rock dos anos 90, Daria não romantiza a adolescência, e quando o faz sua linguagem se torna universal e humanizada, sem promessas sobre esta fase de vida. Isso gera uma identificação ainda maior com o programa e explica ainda mais o sucesso que Daria tem, fazendo do programa uma das melhores séries animadas da década de 90 e início dos anos 2000.

* Henrique Araújo Perini, estudante do 7º período do curso de Cinema e Video da UNA.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

HENFIL

PlimPlim - Henfil (Rede Globo 2007) from Paulo Luna on Vimeo.



Por PEDRO DE TOLEDO*

Escolhi um cartunista muito famoso no Brasil, não um animador. Embora alguns de seus
personagens tenham ganhado vida em animação como homenagem nas famosas "Vinhetas
Plim Plim" da Rede Globo, aquelas pequenas animações que passam quando começam e
acabam os intervalos.

O artista em questão é, Henrique de Souza Filho, o Henfil. O motivo da escolha é porque além de amigo da família tenho em casa desenhos originais e com dedicatórias.

Nascido em Ribeirão das Neves no dia 5 de fevereiro de 1944, Henfil e mais dois de seus irmãos herdaram, de sua mãe, hemofilía, uma doença genética. Foi criado na periferia de Belo Horizonte.

Trabalhou durante muitos anos em Belo Horizonte. Cartunista, quadrinista, escritor e
jornalista, Henfil estreou na Revista Alterosa em 1964. No ano seguinte colaborou com o Jornal Diário de Minas, logo depois com o Jornal dos Sports do Rio de Janeiro. Também contribuiu para as revistas, Realidade, Visão, Placar e O Cruziero.

Em 1969 fixou-se no semanário Pasquim e no Jornal do Brasil, foi aí que seus personagens ganharam popularidade. Os personagens sempre com características tipicamente brasileiras, retratavam as situações da época. Sempre desenhos humorísticos, críticos e satíricos.

Em busca de tratamento médico chegou a passar dois anos em Nova Iorque, lá até tentou
vender suas tiras, más foi renegado e condenado a meios de divulgação muito underground. Nesse período chegou a escrever o livro "Diário de um Cucaracha" e retornou ao Brasil em temporadas de trabalho, novamente, no Rio de Janeiro e em Natal (RN).

Henfil também se envolveu com teatro e cinema, realizando a peça "A Revista do Henfil" e também escreveu, dirigiu e atuou no filme "Tanga - Deu no New Tork Times".
Talvez um dos trabalhos de mais visualização foi o quadro "TV Homem" no programa "TV
Mulher" da Rede Globo.

Em uma transfusão de sangue, Henfil contraiu o vírus da AIDS e morreu de complicações
devido ao vírus e hemofilía. Faleceu no dia 4 de janeiro de 1988 no auge de sua carreira.

Em seus 44 anos de vida escreveu 7 livros:

- Hiroxima, Meu Humor"(1976).

- "Diário de um Cucaracha"(1976).

- "Dez em Humor"(1984).

- "Diretas Já"(1984).

- "Henfil na China"(1984).

- "Fradim de Libertação"(1984).

- "Como se Faz Humor Político"(1984).

Mesmo seus livros possuíam as mesmas características das tiras e cartuns, abusavam de um humor rápido, reflexões e linguagem direta. Sua característica mais marcante, eram as constantes críticas à política e o apoio às Diretas Já.

Outro fator marcante era a constante cobrança da posição sócio, política e econômica das celebridades e personalidades da época. Chegou a enterrar duas vezes a cantora Elis Regina chamando-a de "regente", pois à seus olhos ela agradava aos interesses do regime ditatorial.

Outras personalidades que também foram criticadas por Henfil foram, Roberto Carlos
(cantor), Wilson Simonal, Pelé, Paulo Gracindo, Tarcísio Meira e Marília Pêra.

Em 1999 seu único filho criou o instituto Henfil, que visa preservar a obra do artista e incentivar eventos culturais.

http://www.henfil.com.br/
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u406.jhtm
http://www.cursinhohenfil.org.br/index.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henfil

"Procuro dar meu recado através do humor.Humor pelo humor, é sofisticação, é frescura. E nessa eu não tou: meu negócio é pé na cara. E levo o humorismo a sério".

"Morro, mas meu desenho fica". Henfil.

PEDRO DE TOLEDO, 22 anos, estudante do 7 Periodo do curso de Cinema e Video da UNA

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Animania n° 194 - ANIMACAO EH PARA TODOS


Zeca bate um papo com os animadores argentinos, Juan Pablo Zaramella e Sílvia Córnillon, sobre suas carreiras e exibe um filme dos dois: Sexteens,uma consciente animação de massinha sobre os jovens e o sexo.

Zeca fala do futuro com muito humor e exibe os filmes de alunos da Veiga de Almeida: "Nerd" e "Virtual Club".

Na Dica Animada, os animadores Pedro Iuá e Ana Lucia Godoi, ensinam light Painting , técnica de animar com lanternas coloridas no escuro e mostram os filmes feitos nessa técnica, pela Giroscópio Filmes para a série: É só começar! No Catavento,descobrimos que animar com luzes é a especialidade do grupo japonês Tochka, com suas performances com luz, nas ruas escuras de diversas cidades do mundo. É o Pikaka!

O programa vai ao ar 18/10/10 às 19:30 pela TV Brasil.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Animania No 192 - Infancia Animada

Zeca bate um papo animado com Carla Esmeralda, diretora do Festival de
Cinema Infantil, que pensa a linguagem para criança exibindo muita animação
em várias cidades brasileiras. O programa exibe os filmes Botões, de David Mussel e A Dama da Lapa, de Joana Toste da edição 2010 do Festival.

Via Web,Zeca mostra os filmes da série Caquinhas, do animador César Cabral, que
mostra que até melecas podem ter vontade própria. No quadro Catavento, uma
visita a Oficina OUPs, onde o animador Márcio Ambrósio cria interações entre
recorte digital e o público que participa da oficina.

Na Dica Animada, O animador Pedro Iuá mostra como animar um boneco de
massinha, e mostra seu filme Soma, uma brincadeira no Velho Oeste.

O programa vai ao ar no dia 11 de outubro de 2010 as 19:30 com reprise no dia 15 de
outubro as 20:00 pela TV Brasil.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Que venha o 9 MUMIA


Terminou ontem o 8 MUMIA. Ainda nao contabilizamos o publico mas podemos adiantar que batemos o nosso proprio recorde outra vez. Esse ano se ampliaram os locais de exibição e consequentemente mais pessoas tiveram acessos aos curtas que nao pouparam em inovação, qualidade e diversao. O nosso muito obrigado a todos os parceiros que nos motiva a ser cada vez mais rigorosos ao trazer para a cidade de Belo Horizonte e Betim o melhor da produção internacional de animação. Que venha o 9 MUMIA em 2011.

Mais uma materia da imprensa miniera dada pela Assessoria de Comunicação da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

Fonte: Jornal Hoje em Dia, 09 de setembro de 2010