terça-feira, 21 de julho de 2015

REFERÊNCIA: LANÇAMENTO EM BH - REVISTA PONTO COM



Escrito por Marcus Tadeu | Publicado em Destaques, Matérias


Publicado em http://www.revistapontocom.org.br/destaques/referencia-lancamento-em-bh


A animação brasileira vai bem, obrigado. Na verdade, muito bem. Que o digam os longas animados nacionais. Sucesso de crítica e de público no exterior. Um exemplo? O Menino e o Mundo, de Alê Abreu. O longa já participou de mais de 150 festivais internacionais. Na bagagem, 37 prêmios. Exibido em cerca de 80 países, é o terceiro filme brasileiro mais vendido para o estrangeiro. Os dados foram apresentados pelo próprio diretor da obra no Festival Internacional de Animação – Anima Mundi, no Rio de Janeiro.


Na carona do crescimento da animação brasileira, será lançado no dia 25 deste mês, na Livraria Ouvidor, e Belo Horizonte, o livro Maltida Animação, uma coletânea de textos, entrevistas e bastidores da animação. Segundo Sávio Leite, organizador do título, a intenção da publicação foi mapear no Brasil o que de mais significativo se produziu em termos de cinema de animação com a preocupação de abranger todo o território nacional e lançar luz para vários realizadores brasileiros.


“A animação brasileira vive uma boa fase com a produção de longas metragens premiados em importantes festivais internacionais como O menino e o mundo,de Alê Abreu,e ‘Uma história de Amor e Fúria’,de Luiz Bolognesi. Para o livro, convidamos pesquisadores de todo o Brasil para refletir sobre o cinema de animação. Da produção alternativa do paulista Roberto Miller até a criação de uma escola em Goiânia, passando pelas produções feitas com e para crianças em um rico painel de experiências e realizações bem como as produções de conteúdo de dispositivos móveis e inserções de artistas plásticos na área de animação,como o caso do recifense Paulo Bruscky”.


Na primeira parte da obra, Leonardo Ribeiro, cineasta de animação mineiro com Mestrado em Design pela PUC-Rio, apresenta o texto “Bambi no ponto de ônibus”, no qual analisa a animação independente, experimental e marginal como meio de expressão e linguagem. Roberto Maia comenta sua aproximação afetiva como filho de Roberto Miller, um dos nomes mais conceituados na animação brasileira e dono de uma potente obra experimental premiada em Cannes.


O cearense Diego Akel analisa a produção experimental em animação a partir dos dispositivos móveis, numa experiência pessoal e autoral. O realizador Caó Cruz Alves trata sobre a produção baiana, seus principais realizadores, a importância dos festivais de cinema local como divulgadores dessa produção e dos editais específicos como incentivador, tanto em curtas como em longas-metragens autorais e criação de séries animadas.


Cristiane Quaresma e Marcos Buccini, pesquisadores ligados à Universidade Federal de Pernambuco, analisam a produção de animação e Super-8 no Recife da década de 1970, onde um dos mais importantes artistas plásticos brasileiros, Paulo Bruscky, fez duas incursões no cinema de animação.


Márcio Jr., criador da Monstro Discos, do Goiânia Noise e da Trash – Mostra Goiânia de Filmes Independentes – e ainda Mestre em Comunicação pela UnB, fala da criação da Escola Goiânia de Desenho Animado e da MMarte Produções, cujas realizações andam movimentando o cinema de animação independente e revelando nomes como Wesley Rodrigues.


Patrícia Alves Dias, Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), formada em Cinema de Animação pela National Film Board do Canadá e fundadora dos Estúdios da Empresa Municipal de Multimeios da Prefeitura do Rio (MultiRio), volta seu olhar para várias iniciativas e pessoas cujo trabalho tem foco em animação feita com crianças, tanto no Brasil quanto no exterior.


Quiá Rodrigues debruça-se sobre o trabalho fronteiriço de Sávio Leite e Clécius Rodrigues, bem como dos parceiros que permitem a essa obra vir à luz.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Lançamento do livro: Maldita Animação Brasileira


org. Sávio Leite, Ed. Favela é Isso Aí, 244 paginas 2015.

Dia 25 de julho - Livraria Ouvidor – Rua Fernandes Tourinho, 253 – Savassi – Cep 30112000 - Belo Horizonte, MG – 10h

O livro traz textos de Quiá Rodrigues (RJ), Leonardo Ribeiro (RJ/MG), Roberto Maia (SP), Diego Akel (CE), Caó Cruz Alves (BA), Christiane Quaresma e Marcus Buccini (PE), Patricia Alves Dias (PE) e Márcio Junior (GO), cada um analisando diversos aspectos da animação brasileira e suas especificidades.

O livro ainda traz entrevistas com 10 expoentes da animação brasileira contemporânea, com um recorte na produção independente. Depoimentos de Allan Sieber (RS/RJ) , Arnaldo Galvão (SP), César Cabral (SP), Clécius Rodrigues (MG), Eduardo Perdido (SP), Marão (RJ), Mauricio Squarisi (SP), Otto Guerra (RS), Stil (RJ) e Wilson Lazaretti (SP). Um amplo painel do melhor produção e de seus autores e uma parte ilustrativa.

A ideia deste livro nasceu junto com o livro anterior: Subversivos, o desenvolvimento do cinema de animação em Minas Gerais (Ed. Favela é Isso Aí, 2013) em pesquisar um segmento dentro da produção brasileira contemporânea de cinema de animação. Com o passar do tempo chegamos a conclusão que o recorte sobre a animação mineira já era suficiente para preencher um livro.
A pesquisa foi adiante e agora apresentamos um recorte do que seria uma produção underground (ou udigrudi, numa gíria brasileira, como gostamos de usar), maldita que se destaca de toda a produção brasileira nesta arte peculiar.

A arte da animação possui muitas lacunas no Brasil. Décadas de ostracismo e pouca produção no tocante a feitura de longas metragem. Situação que esta sendo mudada tanto a nível de produção, quantidade, distribuição e recepção dos trabalhos.

Sávio Leite, organizador do livro reforça: “ A intenção da publicação foi mapear no Brasil o que de mais significativo se produziu em termos de cinema de animação com a preocupação de abranger todo o território nacional e lançar uma luz para vários realizadores brasileiros. A animação brasileira vive uma boa fase com a produção de longas metragens premiados em importantes festivais internacionais como ‘ O menino e o mundo’ de Alê Abreu e o ‘ Uma história de Amor e Fúria’ de Luiz Bolognesi. Foram convidados pesquisadores de todo o Brasil pra refletir sobre o cinema de animação. Da produção alternativa do paulista Roberto Miller até a criação de uma escola em Goiânia, passado pelas produções feitas com e para crianças em um rico painel de experiências e realizações a produções de conteúdo de dispositivos moveis e inserções de artistas plásticos na área de animação como o caso do recifense Paulo Bruscky.”


O livro foi viabilizado com os recursos da Lei Municipal de Incentivo á Cultura de Belo Horizonte, através da MUMIA – Mostra Udigrudi Mundial de Animação – Projeto 285/2012/FPC.